A especialista em saúde da mulher falou connosco sobre a escrita do seu primeiro livro, os desejos por açúcar e a licença menstrual.
Maisie Hill é uma especialista em saúde da mulher altamente qualificada e muito procurada, com mais de uma década de experiência como praticante e doula de parto. Maisie conhece o poder de trabalhar com o ciclo menstrual e é uma autoridade de referência no assunto. O seu primeiro livro, Period Power, foi publicado no início deste ano e está incluído entre os 50 melhores livros na Amazon. Aqui na sede da Mooncup estamos seriamente obcecados com a Maisie e a sua revolucionária Estratégia do Ciclo, um guia passo a passo para tomar controlo do seu ciclo menstrual e desempenhar o seu melhor em cada fase. Period Power é verdadeiramente uma leitura essencial para todas as irmãs por aí!
P: Qual foi o impulso para escrever o livro?
R: Depois de mais de uma década a apoiar mulheres individualmente como praticante, e de ouvir os problemas que as mulheres têm de enfrentar repetidamente, e sabendo o quão frustradas estavam por não terem sido informadas de informações básicas logo no início das suas vidas, soube que tinha de colocar o meu conhecimento e experiência no papel e ajudar mais mulheres do que poderia trabalhando privadamente com clientes. Isto começou através do meu programa online, o Womb Tang Clan, que serviu como campo de provas para o que viria a ser o meu livro, Period Power.
P: Que tipo de resposta recebeu ao livro?
R: A resposta tem sido incrível. Muitas pessoas entraram em contacto para partilhar como mudou as suas vidas e houve muitas ocasiões em que tive um momento de emoção ao ler os emails e mensagens diretas que recebi. O meu objetivo geral com o livro era ajudar mulheres e pessoas que menstruam a sentirem-se melhor nos seus corpos e a compreender como evoluímos em cada ciclo menstrual, por isso é maravilhoso ouvir como está a impactar o bem-estar das pessoas, bem como as suas carreiras e relações.
P: O que acha que precisa de mudar para que as mulheres compreendam melhor os seus ciclos menstruais?
R: O primeiro passo é acompanhar o seu próprio ciclo. Somos todos diferentes e a nossa experiência do ciclo varia de pessoa para pessoa, assim como ao longo dos nossos anos reprodutivos, por isso é importante conhecer o que é normal para si. A monitorização do ciclo permite recolher dados para partilhar com o seu médico de família ou outros profissionais de saúde, e pode ajudar a identificar o que está a funcionar bem na sua vida e o que precisa de mudar. Mas, além de olhar para as coisas de uma perspetiva individual, precisamos de olhar para as coisas de forma mais ampla e incluir a educação em saúde menstrual desde a infância – algo que a Endometriosis UK tem defendido com sucesso.
P: Qual é a sua opinião sobre a ‘licença menstrual’ como política no local de trabalho?
R: Há pessoas que realmente precisam de tempo de descanso quando menstruam – se tiverem fluxo intenso e/ou cólicas dolorosas, por exemplo – por isso a licença menstrual seria realmente benéfica para elas, mas há exemplos em que os empregadores interpretaram isto muito mal e precisamos de estar atentos a como a política de licença menstrual pode, em última análise, discriminar pessoas com períodos. Acho que é mais útil ter uma política de licença paga que englobe várias situações, incluindo perda de gravidez, menopausa e condições de saúde mental.
P: Tem uma arma secreta contra a dor menstrual?
R: Tenho muitas – acho que há 19 no meu livro!
É difícil escolher uma só, mas se for forçada a escolher, diria as Técnicas Arvigo de Terapia Abdominal Maia ™ (ATMAT para abreviar). Os praticantes de ATMAT ensinam a massajar o abdómen para melhorar o fluxo de sangue e energia pela pelve e faz uma grande diferença em vários problemas menstruais, incluindo a dor. Também adoro que seja uma terapia que não depende de ver um praticante semana após semana e que coloca a sua saúde sob o seu controlo.
P: Qual tem sido a sua experiência com as redes sociais como ferramenta para promover mudanças?
R: Tem sido muito positiva e acho que as redes sociais são realmente úteis para criar consciência sobre questões e condições específicas, e para impulsionar a conversa sobre menstruação, sem mencionar como fomentam comunidades através do uso de hashtags como #pmddpeeps.
P: Quem é a sua personagem feminina fictícia favorita e porquê?
R: Comecei a ler os livros de Patricia Cornwell quando era adolescente e a patologista forense nos seus livros, Dra. Kay Scarpetta, inspirou-me muito e despertou o meu interesse pela biologia.
P: Tem um prazer culpado?
R: Sou viciada em açúcar de todo o coração, por isso o meu prazer culpado envolve sempre bolo ou bolachas. Se estiver organizada, faço as Fatias de Massa Crua para Bolachas da Anna Jones, pois são deliciosas e nutritivas, mas se não estiver, compro algumas Gü.
P: Quais são os seus três bens mais preciosos?
R: Não sou particularmente apegada a bens materiais, mas ficaria perdida sem os meus livros de referência e o meu portátil, e se as minhas pinças desaparecerem não sou uma mulher feliz – especialmente agora que tenho o que a minha mãe chama de ‘pêlos de bruxa’ no queixo!
P: Quais são os seus três emojis mais usados?
R: Ainda estou à espera que o emoji do período chegue, por isso, neste momento, são ❣️, ? e ?.
P: Tem uma história de terror relacionada com o período que não se importe de partilhar?
R: Costumava ter dores menstruais debilitantes, por isso houve muitas ocasiões em que tive de me deitar num banco ou num pedaço de relva enquanto reunia forças para ir a uma loja comprar analgésicos e depois encontrar uma forma de voltar para casa. Costumava ajudar mulheres a dar à luz e, embora lidar com a dor menstrual enquanto apoiava alguém em trabalho de parto fosse desafiante, acho que também me ajudou a entrar na sintonia com elas e a ser ainda mais intuitiva do que o habitual.
P: Netflix ou sair à noite?
R: Se estiver a ovular, sair à noite. No resto do tempo, Netflix.
Period Power: Domine os seus Hormonas e Faça o seu Ciclo Trabalhar para Si por Maisie Hill está disponível para compra online aqui.
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